Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Última Modificação: 19/04/2021 11:19:24 | Visualizada 819 vezes
A prioridade é para jovens de 20 a 29 anos, mas grupos com a faixa etária entre 30 e 59 também podem ser imunizados
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O sarampo é uma doença grave a altamente contagiosa que pode levar à morte. Por esse motivo, a Secretaria Municipal de Saúde irá promover uma campanha de vacinação no próximo sábado (15), das 9h às 17h, na UBS José Richa.
As pessoas que tenha entre 20 e 29 anos deverão obrigatoriamente tomar uma dose extra da imunização, mesmo que já tenham o cartão de vacinas completo. Já o grupo com a faixa etária entre 30 e 59 anos devem ir até o posto com o cartão em mãos para que um profissional avalie se há necessidade de tomar.
O vírus, que é extremamente contagioso, infecta o sistema respiratório e se espalha para o resto do corpo. A transmissão da doença se dá por gotículas respiratórias espalhadas no ar (tosse e espirro), através da saliva (beijos ou bebidas compartilhadas), contato físico (apertos de mãos ou abraços), e pelo contato com superfícies contaminadas.
Para se ter noção, segundo o Ministério da Saúde (MS), uma pessoa contaminada pode transmitir a doença para até 90% das pessoas ao seu redor que não estejam imunizadas. Além disso, eles afirmam que o sarampo, ao atacar o organismo, compromete o sistema imunológico, deixando-o comprometido para reagir a outras infecções graves.
Os sintomas podem variar entre febre alta, nariz escorrendo, tosse, olhos vermelhos e lacrimejando, pequenas manchas brancas dentro da bochecha, e manchas avermelhadas na pele.
Sob qualquer suspeita ou sintomas descritos acima, o paciente deve buscar ajuda médica o mais rápido possível. Isso porque as mortes são associadas a complicações causadas pela doença, como diarreia grave, cegueira, infecções no ouvido e/ou pneumonia. Crianças com má nutrição e pessoas com deficiência de vitamina A ou sistema imunológico enfraquecido são mais atingidas.
O sarampo é prevenível apenas por vacinação. De 2000 a 2017, a vacina contra vírus evitou cerca de 21,1 milhões de mortes, se tornando um dos melhores investimentos em saúde pública. Nesse mesmo período o número de óbitos pela doença no mundo caiu cerca de 80%, passando de 545 mil mortes registradas em 2000, para 110 mil em 2017.
Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de erradicação do sarampo pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Assim, o continente americano se tornou o primeiro no mundo a eliminar a doença.
No entanto, em 2018 o vírus voltou a circular em território brasileiro, que acabou perdendo a certificação. Isso se repetiu em vários países, e a OPAS já considera a pior onda de surtos de sarampo desde 2006, o que leva a enfatizar a importância de campanhas e o Calendário Nacional de Vacinação, que garante a todo cidadão o direito de ter vacinas gratuitas no Sistema Único de Saúde (SUS).