Sexta-feira, 01 de novembro de 2019
Última Modificação: 19/04/2021 11:18:24 | Visualizada 699 vezes
Mês de Conscientização do Câncer de Próstata
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O câncer de próstata é o segundo tipo de mais frequente entre homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele, e apesar de ser uma doença muito comum, muitos preferem não tocar no assunto por medo ou desconhecimento.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou para 2018 e 2019 o surgimento de 68.220 novos casos da doença. Esse dado equivale a aproximadamente 66 casos a cada 100 mil homens. Já o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Datasus, registrou em 2017 um pouco mais de 15 mil mortes decorrentes do câncer de próstata.
A próstata é uma glândula presente apenas no sistema reprodutor masculino, localizada um pouco abaixo da bexiga à frente do reto. Sua função é produzir o líquido que compõe parte do sêmen, nutrindo e protegendo os espermatozoides. No entanto, diferente do que muitos acreditam, ela não é responsável nem pela ereção e nem pelo orgasmo.
Os riscos aumentam com o passar dos anos. De acordo com Inca, no Brasil, a cada dez homens que foram diagnosticados com câncer de próstata, nove possuíam mais de 55 anos. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que homens a partir dos 50 anos busquem um urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que possibilita o médico de avaliar alterações da glândula. Outro exame realizado é o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico), que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata. Níveis altos dessa proteína podem significar tanto o câncer como uma doença benigna. Logo, é fundamental uma avaliação realizada pelo profissional especializado.
Para pessoas em fatores de risco, a recomendação é que os exames comecem a ser feitos antes. Dentre esses fatores, estão a genética e sobrepeso. Por isso, homens que tiveram pais ou irmãos que apresentaram a doença antes dos 60 anos, e/ou estão em grau de obesidade, devem buscar um urologista a partir de 45 anos.
Nem sempre a doença apresenta sintomas na fase inicial, e quando apresenta, podem ser facilmente confundidos com o crescimento benigno da glândula, que cresce de tamanho com o avançar dos anos. Porém, os mais comuns são:
Isso ocorre porque ela é atravessada pela uretra, canal que elimina a urina. Quando mais grave e numa fase mais avançada, pode provocar dor óssea, infecção generalizada ou insuficiência renal.
A escolha do tratamento é feita pelo médico após definir quais os benefícios, riscos e melhores resultados para o paciente, levando em consideração a individualidade de cada caso, estágio da doença e condição clínica da pessoa. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior será o potencial de cura.
Todas as modalidades do tratamento são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma integral e gratuita.