Terça-feira, 01 de outubro de 2019
Última Modificação: 19/04/2021 11:18:05 | Visualizada 935 vezes
Mês de Conscientização Contra o Câncer de Mama
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Hoje (1) inicia o Mês de Conscientização Contra o Câncer de Mama, popularmente conhecido como Outubro Rosa. A campanha tem como foco atrair a atenção das mulheres e da sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.
O movimento teve inicio em 1990, em Nova Iorque, com a Primeira Corrida pela Cura. Em 1997, as cidades de Yuba e Lodi, também nos EUA, começaram a promover atividades voltadas ao diagnóstico e prevenção, escolhendo o mês de outubro como o centro das ações. A partir dali, a campanha passou a ser realizada em vários lugares pelo mundo.
No Brasil, a primeira iniciativa da campanha foi no dia 02 de outubro de 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo - SP, ficou iluminado de rosa em comemoração aos 70 anos do Encerramento da Revolução. Em 2008, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro - RJ, ficou iluminado de rosa pela primeira vez. Os outros estados já estavam utilizando a cor para iluminar seus prédios e monumentos, e aos poucos o país foi ficando cor-de-rosa no mês de outubro.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desregular das células mamárias. Esse aumento dá início a células anormais que formam um tumor. Existem diversos tipos da doença. Alguns casos se desenvolvem mais rápido, enquanto outros mais devagar, devido as características próprias de cada tumor. Por isso, é fundamental conhecer seu corpo e estar atento a qualquer sintoma que possa surgir.
O câncer de mama pode ser detectado precocemente por meio dos seguintes sintomas:
Esses sintomas devem ser avaliados por um médico para saber se trata-se ou não de um tumor.
A maior parte dos casos de câncer de mama podem ser descobertos precocemente pelas próprias mulheres a partir do autoexame.
O autoexame deve ser feito uma vez por mês, todos os meses, de três a dez dias depois da menstruação. Para mulheres que não menstruam e homens (sim, homens podem ter câncer de mama, mas é raro. Corresponde a 1% dos casos), deve-se escolher uma data fixa no mês.
No entanto, o autoexame NÃO anula a necessidade de se fazer a mamografia, que ainda é o principal exame para detectar câncer de mama.
A mamografia de rastreamento é feita por um mamógrafo, um aparelho que tira um raio-X das mamas, capaz de detectar alterações suspeitas antes dos sintomas surgirem. O Ministério da Saúde recomenda que esse exame seja ofertado para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
Já a mamografia diagnóstica, que avalia lesões suspeitas na mama, pode ser realizado em qualquer idade. O médico é quem vai determinar se há necessidade e a frequência de cada exame. Por isso, a consulta é tão fundamental.
Além da mamografia, o médico pode solicitar outros exames, como uma ultrassonografia ou até mesmo uma ressonância magnética para a investigação do nódulo ou de qualquer outro sintoma suspeito. Porém, a confirmação do câncer de mama só é feito por meio da biópsia, uma técnica que consiste em retirar um pequeno fragmento do nódulo ou da lesão suspeita através de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material segue então para análise do patologista.
Aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de práticas saudáveis, como:
De acordo com as estatísticas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), em 2017 foram 16.927 mortes por câncer de mama, sendo 16.724 mulheres e 203 homens. Em 2019, estima-se que existam 59.700 casos da doença.
O tratamento do câncer vai depender do estágio da doença e do tipo de tumor. Quanto mais cedo foi o diagnóstico, maior será o potencial curativo do paciente. Existe uma cura e o Ministério da Saúde oferece o tratamento por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). Se você identificar qualquer sintoma suspeito, busque ajuda médica no posto de saúde mais próximo de você. É gratuito e se prevenir é um ato de amor por si própria.