Quinta-feira, 09 de maio de 2019
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A quantidade de cargas transportadas por trem até os Portos do Paraná cresceu 15% entre janeiro e abril de 2019. Foram 3,2 milhões de toneladas movimentadas em 61 mil vagões. No mesmo período de 2018, a ferrovia respondeu por 2,8 milhões de toneladas de carga, transportadas em 53 mil vagões.
Com mais produtos chegando e saindo por trilhos, o uso do modal rodoviário caiu quase 26%. “O número de caminhões reduziu em função do frete, o que fez aumentar o volume movimentado pelo modal ferroviário”, explica o diretor de Operações, Luiz Teixeira.
As dificuldades geradas pelo tabelamento do frete às transportadoras pode ser fator que fez aumentar, também, a movimentação de cargas por navegação dentro do país. A chamada cabotagem cresceu 6,2% no quadrimestre.
Entre janeiro e abril de 2018, o volume de carga transportada por cabotagem foi de 750.829 toneladas. Neste ano, foram 797.348 toneladas. Dos 68 navios que atracaram nesta modalidade, 51 foram de granéis líquidos, 15 de contêineres e dois de granéis sólidos.
“Trabalhamos constantemente para que os custos logísticos dos operadores portuários sejam reduzidos. No entanto, consideramos saudável essa busca de alternativas. A diversificação dos modais é sempre positiva”, comenta o presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
RODOVIA – A quantidade de caminhões que movimentaram pelo Porto de Paranaguá, que foi de 161.105 no primeiro quadrimestre de 2018, foi reduzida para 119.269 no mesmo período deste ano.
O volume de carga transportado pela rodovia, nos dois sentidos, também registra queda. De 5,8 milhões de toneladas, nos primeiros quatro meses de 2018, passou para 4,3 milhões este ano.
IMPACTO - O uso de modais alternativos tem impacto direto nos custos logísticos e no fluxo de tráfego das estradas. Para se ter ideia, um vagão tem capacidade para transportar cerca de 45 toneladas de produtos, cinco toneladas a mais do que um caminhão. Para carregar um navio de grãos, são necessários, em média, 1.500 vagões, ou 1.800 caminhões.
Fonte: AEN-PR