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Preços abusivos do pedágio

Preços abusivos do pedágio causam indignação em motoristas e comerciantes

Quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


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Os motoristas que procedem do estado de São Paulo com destino ao Norte Pioneiro se assustam com os valores cobrados nas praças de pedágio em solo paranaense. Enquanto no estado vizinho eles pagam R$ 3,00 em média, nas três praças de pedágio desta região é cobrado entre R$ 11,00 e R$ 12,80 para um veículo de passeio. Os valores nessas praças, localizadas nos municípios de Sertaneja, Jataizinho e Jacarezinho, estão entre as mais caras do Brasil. Após 14 anos da implantação dos pedágios, as reclamações, que antes eram ‘‘exclusivas‘‘ dos motoristas, passam a ser feitas agora também por comerciantes. E no caso específico das cidades próximas às praças, há pessoas que evitam se deslocar de um lado para outro para evitar uma despesa a mais no bolso. O empresário Valdir Saretto, conhecido por Catarina, dono de um restaurante perto do pedágio em Jataizinho, diz que o movimento de clientes caiu em 70%. Segundo ele, a coisa mais comum que ouve todo dia é a reclamação de pessoas sobre o valor do pedágio. ‘‘Quando não tinha o pedágio, o movimento era tão grande que a gente não sabia a quem atender e hoje a maioria fica revoltada com os valores do pedágio e nem para no restaurante‘‘, afirma. O valor do pedágio cobrado na praça de Jataizinho interfere diretamente na vida do motorista Vadenilson Martins. De segunda à sexta-feira, ele transporta etanol em um caminhão de cinco eixos da usina em Nova América da Colina para Londrina e gasta R$ 104,00 de pedágio por dia entre ida e volta. Pior do que os valores pagos, é a ‘‘separação da família‘‘ provocada pelo pedágio. Ele mora em Bandeirantes e, para não ir e voltar todo dia para casa e gastar mais R$ 25,60 só de pedágio, sem contar o combustível, ele optou por dormir no caminhão, que fica estacionado em um posto perto de Jataizinho durante a noite. ‘‘Eu não tenho como ir para casa por causa do pedágio e, assim, o caminhão se torna a minha casa durante a semana‘‘, afirma.

Fonte: Folha de Londrina

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