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Conta de Luz

Conta de luz pode ter alta de 3,7% no Paran?

Quarta-feira, 23 de junho de 2010


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Aumento foi autorizado ontem pela Aneel e vale pelos próximos 12 meses, mas a Copel não sabe se vai repassá-lo ao consumidor
A conta de luz das residências do Paraná pode subir 3,65% a partir de amanhã, mas a Companhia Paranaense de Energia (Copel) ainda não sabe se vai repassar aos consumidores esse reajuste, autorizado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A estatal informou que ainda aguarda a resolução da agência para, em seguida, levar o assunto ao governador Orlando Pessuti, a quem caberá definir o aumento que será ou não aplicado. Na decisão de Pessuti, deve pesar o fato de que o reajuste aprovado pela Aneel em junho de 2009, de 13%, foi “represado” pela Copel – por orientação do ex-governador Roberto Requião, a empresa só o repassou a clientes inadimplentes, o que limitou a rentabilidade da companhia.

Ontem, a agência reguladora autorizou a Copel a elevar suas tarifas em 2,46%, em média, índice ligeiramente superior ao requisitado pela própria empresa (2,39%). As novas tarifas serão válidas pelos próximos 12 meses. Na divisão por classes de consumo, os seis segmentos da alta tensão (formada principalmente por indústrias) terão índices que variam de redução de 2,91% a alta de 3,98%. Para a baixa tensão, há dois cenários opostos. Enquanto consumidores “convencionais” (residências e boa parte do comércio) podem sofrer o já mencionado reajuste de 3,65%, os enquadrados na Tarifa Social passam a pagar 4,25% a menos pela energia elétrica. Fazem parte desse grupo os clientes que consomem menos de 80 quilowatts-hora por mês e os incluídos em programas sociais do governo federal.

Desde o último reajuste, há um ano, alguns fatores colaboraram para a redução dos custos das distribuidoras de energia – o dólar, os gastos menores com a energia de Itaipu e com o acionamento de termelétricas. Entretanto, segundo a Aneel, os porcentuais de reajuste da Copel refletem, entre outros motivos, a variação do IGP-M – acumulado em 4,19% nos últimos 12 meses –, os custos com aquisição de energia e o aumento da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), encargo que subsidia a geração de energia nos sistemas isolados e é rateado entre todos os consumidores do país.

Fonte: Gazetado Povo

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