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Paraná lidera aumento das exportações no Sul e no Sudeste

Terça-feira, 08 de março de 2016


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O Paraná aumentou em 6,7% as exportações no primeiro bimestre de 2016 na comparação com igual período de 2015, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os embarques do Paraná somaram US$ 1,87 bilhão no primeiro bimestre, contra US$ 1,76 bilhão no mesmo período do ano passado. Foi o melhor desempenho entre os Estados do Sul e do Sudeste. 

O Estado ficou à frente de São Paulo, que teve variação de 3,3%, e dos demais estados das duas regiões, que registraram queda nas exportações. O levantamento, feito pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) com base nos dados da Secex, mostra que Minas Gerais teve um queda de 23%, Espírito Santo (-31,5%), Rio de Janeiro (-14,6%), Santa Catarina (-12,1) e Rio Grande do Sul (-9,3%).

“O Paraná teve suas exportações puxadas pela soja, que teve uma boa safra, e pela recuperação do setor automotivo. O câmbio mais favorável melhorou a rentabilidade dos exportadores e aumentou a competitividade dos produtos brasileiros no Exterior”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes. 

As exportações paranaenses de soja cresceram 168,5% nos primeiros dois meses de 2016, para US$ 275,7 milhões. A antecipação das vendas da safra desse ano e os bons preços estimularam os embarques. 

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria estadual da Agricultura, cerca de 34% da soja que está sendo colhida no campo atualmente já foi comercializada. No mesmo período do ano passado, esse percentual estava em 12%, de acordo com Francisco Carlos Simioni, diretor do Deral. 

Com o câmbio mais favorável e a demanda internacional, os produtores anteciparam a venda da soja. Em fevereiro, eles receberam, em média, R$ 68,7 por saca, 12% mais do que no mesmo período do ano passado. A soja respondeu por 14% das exportações do Paraná no período. 

FIM DE EMBARGO À CARNE - Outro destaque no bimestre ficou com as exportações de carne bovina in natura, que cresceram 281,7% em relação aos dois primeiros meses de 2015. O fim do embargo do Irã à carne bovina do Estado, a abertura de novos mercados, dólar favorável e a demanda da China fizeram as vendas somarem US$ 15,9 milhões.

SETOR AUTOMOTIVO – Os dois primeiros meses de 2016 também foram de recuperação para a indústria automotiva, uma das mais afetadas pela crise econômica brasileira, que fez o consumo despencar no mercado interno.

As exportações de automóveis pelo Paraná mais que dobraram (149,9%) no período, ao totalizar US$ 68,36 milhões. As encomendas foram puxadas pela Argentina, México e Uruguai. A mudança de presidência na Argentina, com a eleição de Maurício Macri, vem melhorando as relações bilaterais com o Brasil, com a queda de barreiras comerciais, de acordo com Suzuki Júnior. Responsável por 86,7% das compras de automóveis do Paraná, a Argentina aumentou em 232,2% suas importações de automóveis de fábricas paranaenses, para US$ 59,28 milhões no bimestre. 

Outros destaques foram as vendas de tratores, com acréscimo de 130,8%, para US$ 23,11 milhões, exportados principalmente para Peru, Colômbia e Argentina, e de veículos de carga, com alta de 194,7%, para US$ 14,85 milhões. Peru, Argentina e Chile impulsionaram as encomendas de caminhões.

INDÚSTRIA – Na avaliação de Suzuki Júnior, os dados mostram que a desvalorização do real começa a surtir efeitos positivos sobre a exportação da indústria.

“Com o mercado interno em retração, a tendência é que as indústrias se voltem mais para o mercado externo, já que contam com os efeitos positivos do câmbio, que tornam mais competitivos os produtos brasileiros no exterior”, diz. 

A previsão, segundo Suzuki Júnior, é que, se o câmbio se mantiver favorável e relativamente estável, as exportações do Paraná invertam a tendência dos últimos dois anos e voltem a fechar o ano com crescimento. Em 2015 e 2014 as exportações registraram recuos de 10,46% e 8,71%. Em 2015, o Paraná exportou US$ 14,9 bilhões.

Fonte: AEN - Agência Estadual de Notícias

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