A?es da Sanepar valorizam 67,7% no ano, uma das maiores altas do Pa?s
Terça-feira, 09 de agosto de 2011
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As ações da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) tiveram uma valorização de 67,71% nos primeiros sete meses do ano e ficaram entre as dez mais valorizadas do Brasil em 2011. A ação preferencial nominativa (PN) da empresa, que valia R$ 2,92 no fim de 2010, chegou a R$ 4,68 no final de julho. “A valorização reflete a confiança no governo do Paraná, acionista majoritário da Sanepar, e na nova gestão da companhia”, avalia o diretor-presidente da empresa, Fernando Ghignone. Segundo ele, o desempenho dos papéis da companhia também reforça o compromisso da nova diretoria com a reestruturação administrativa, a qualificação do quadro de pessoal e a atuação em novos mercados. “A empresa tem um sólido compromisso com a população do Paraná e também com seus acionistas”, diz Ghignone. A Sanepar atende 344 dos 399 municípios do Paraná e mais Porto União (SC). Nas regiões em que atua, atende com água tratada 9 milhões de pessoas e, com sistema de esgotamento sanitário, 5,4 milhões de pessoas. “Somos uma empresa sólida, com empregados capacitados e motivados. Estamos preparados para os próximos desafios”, afirma Ezequias Moreira Rodrigues, diretor de Relações com os Investidores da Sanepar. O crescimento da empresa, nos próximos anos, será sustentado em três frentes: qualificação permanente dos empregados, trabalho integrado com secretarias e órgãos do Estado e busca de novos mercados. Um dos novos mercados de que a empresa pretende participar é o da coleta e destinação de lixo dos municípios. A primeira concessão na área foi conquistada em 2002, em Cianorte, onde a Sanepar implantou uma solução regionalizada para a destinação de resíduos sólidos, que atende também aos municípios de Terra Boa e São Tomé. MAIS INVESTIMENTOS – O Conselho de Administração da Sanepar aprovou em julho uma nova emissão de debêntures não-conversíveis em ações, no valor de R$ 395,155 milhões, que serão subscritas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela BNDESPar, braço de participações do banco. Debêntures são títulos emitidos por empresas para, entre outras finalidades, financiar planos de investimentos. Com esses recursos, que fazem parte do plano de investimentos para os próximos três anos, a Sanepar vai ampliar a produção de água e manter a cobertura de 100% nos municípios atendidos e elevar o atendimento nos serviços de coleta e tratamento de esgoto. Com a contrapartida da Sanepar, que inclui R$ 69,645 milhões de recursos próprios, o total dos investimentos chega a R$ 464,8 milhões. META – “Nosso planejamento prevê aumentar a média de cobertura de esgotamento sanitário dos atuais 62% para mais de 72% em 2014”, afirma o diretor-presidente da Sanepar, Fernando Ghignone. O plano de investimentos da empresa para os próximos três anos é superior a R$ 1,7 bilhão. O dinheiro obtido com a nova emissão será investido na substituição de 215 quilômetros de redes de adutoras antigas e o assentamento de 320 quilômetros de novas redes para escoamento de água tratada. No sistema de esgoto, serão implantados 1.200 quilômetros de redes coletoras e feitas 65.000 novas ligações prediais. Dessa forma, mais 273.000 pessoas serão atendidas com esgotamento sanitário. As obras no sistema de água serão feitas em 99 cidades. Um dos maiores investimentos será em Palmeira, na região dos Campos Gerais, que receberá obras de R$ 10 milhões. Outros 49 municípios receberão investimentos no sistema de esgoto, como Araucária (R$ 19 milhões), Guarapuava (R$ 10 milhões), Ivaiporã (R$ 16 milhões) e Toledo (R$ 10 milhões). ACIONISTAS – O governo do Estado é o maior acionista da Sanepar, com 60% do capital votante. Há capital público também nos 39,7% pertencentes ao grupo minoritário Dominó, formado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), que detém 45% do grupo, pela Daleth (27,5% do grupo Dominó), que reúne fundos de pensão de empresas públicas brasileiras, como BNDES, Copel, Caixa Econômica Federal, Banco Central e Banco do Brasil, e pela empresa brasileira Andrade Gutierrez (27,5% do grupo Dominó). Outros acionistas, como o BRDE e investidores pessoais, têm 0,3% do capital.