Segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
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Em 2014, as Ceasas do Paraná comercializaram 1,1 milhão de toneladas de hortigranjeiros em suas cinco unidades, localizadas em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. Os números foram levantados pela Divisão Técnica e Econômica (Ditec) da Ceasa Paraná.
O diretor presidente da Ceasa Paraná, Luiz Dâmaso Gusi, afirma que, nos últimos dez anos, o volume comercializado é estável. “Os atacadistas e produtores dos nos nossos mercados estão se qualificando e se adaptam às novas exigências do setor, seja em questões de classificação, rotulagem e embalagem dos produtos, com identificações de origem e procedência”, diz Gusi.
PARCERIAS - Outro fator que se destaca nos últimos anos no setor é o incremento da produção de hortigranjeiros no Estado. O trabalho desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, empresa à qual a Ceasa é vinculada, assim como o da área técnica da Emater Paraná, auxilia o agricultor a buscar melhores condições de plantio e colheita.
“Esse apoio melhora as condições de produção no campo e ajuda a evitar perdas na colheita e na comercialização. Desta forma temos mais valor agregado para o produtor e diminuição de custos”, explica Gusi.
A Ceasa também ampliou parcerias com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e outros segmentos da iniciativa privada para a oferta de cursos e visitas técnicas.
“São parcerias importantes que nos ajudam a trabalhar melhor as questões específicas relativas ao empreendedorismo do setor. O consumidor, o varejo, exige ações que nos dão mais responsabilidades, mas valorizam o nosso trabalho”, afirma Gusi.
LONDRINA – Para o gerente da Ceasa Londrina, Marcos Augusto Pereira, o incremento de 18,5% na movimentação da unidade no último ano ocorreu por vários fatores. Em 2014 a unidade comercializou 103,6 milhões de toneladas.
“Atribuo o aumento na comercialização ao clima em nossa região, que foi benéfico em 2014 e colaborou para uma boa produção. Os preços permaneceram mais estáveis nos períodos de colheita, beneficiando o consumidor”, diz Pereira.
Ele destaca ainda a utilização de técnicas mais eficientes nos sistemas de irrigação e no plantio coberto, práticas cada vez mais comuns na região Norte do Estado. “Os agricultores buscam mais informações e aplicam novas tecnologias no campo, visando maior produção, qualidade, minimizando custos e impacto ambiental. Dessa forma temos também mais oferta para o mercado.”
CASCAVEL - Em Cascavel a unidade da Ceasa apresentou em 2014 um acréscimo de 5,35% se comparado ao ano anterior. Segundo a gerente da Ceasa de Cascavel, Luiza Satomi Maeda, “a produção regional de hortigranjeiros colaborou muito para o aumento na comercialização da unidade”. No último ano, foram movimentadas 62,1 mil toneladas de produtos. “O mercado esteve bem ativo nesse período”, diz Luiza.
A gerente da Ceasa de Cascavel explica que o número de compradores na região tem aumentado. “Isso se deve também à boa qualidade dos produtos comercializados pelos agricultores e atacadistas na unidade. Quem se beneficia é o consumidor, que tem maior oferta junto aos principais mercados e feiras”, avalia Luiza.
ESTÁVEL - As outras três unidades da empresa, em Curitiba, Maringá e Foz do Iguaçu apresentaram pequenas variações nas movimentações de 2014.
Segundo a gerente da Ceasa de Curitiba, Neide Cordeiro, o aumento das produções em outros centros do Estado deslocou as comercializações. Passaram pela unidade de Curitiba 659,4 mil toneladas de hortigranjeiro (-3,8%).
Neide lembra também que a empresa mantém com o Sebrae e com o apoio do Sistema Faep, cursos e ações de boas práticas na distribuição de hortigranjeiros.
A Ceasa de Maringá comercializou 116,05 mil toneladas (-0,6%). Para o gerente da unidade, Paulo César Venturin, tanto os atacadistas como os agricultores que atuam no mercado estão se adequando às necessidades da comercialização. “Avaliamos que o atacado está atendendo a demanda, com isso as sobras diminuem e evita-se o desperdício”, diz Venturin.
Em Maringá, Ceasa e Sebrae são parceiros em cursos práticos de empreendedorismo com boas práticas e manipulação e acondicionamento de alimentos in natura. “Essas ações nos ajudam a ter uma melhor distribuição dos produtos comercializados no atacado”, completa o gerente da unidade.
A Ceasa de Foz do Iguaçu negociou mil toneladas (-3,7%).
Fonte: AEN